Pfaffia glomerata (Spreng) Pedersen (Amaranthaceae), uma planta conhecida popularmente como "Ginseng Brasileiro" e "paratudo", é utilizada para tratar distúrbios gástricos e como cicatrizante. Em estudos anteriores, foi demonstrado que o extrato aquoso bruto da P. glomerata (AEP) protegeu a mucosa gástrica contra úlceras induzidas por etanol e estresse e reduziu a secreção ácida gástrica basal e estimulada em ratos com ligadura de piloro. Além disso, a secreção gástrica de animais tratados com AEP apresentou níveis de nitrato e nitrito aumentados. O objetivo deste estudo foi avaliar se o AEP previne o desenvolvimento de úlceras induzidas por ácido acético e o efeito desse extrato no processo de cicatrização em úlceras previamente formadas. A administração do AEP em diferentes doses produziu efeitos tóxicos baixos e não preveniu a formação de úlceras, porém aumentou o processo de cicatrização em úlceras já existentes, como evidenciado no estudo histopatológico. Em conclusão, o AEP administrado cronicamente promove o aumento da cicatrização do tecido após a lesão induzida com o ácido acético.

The present study was carried out to evaluate the acute toxicity and the effect of the aqueous extract of the roots from Pfaffia glomerata (Spreng) Pedersen (Amaranthaceae) (AEP) on the prevention of acetic acid-induced ulcer and on the healing process of previously induced ulcers. The acute toxicity was evaluated in Swiss mice after oral administration of a single dose and the chronic gastric ulcer was induced with local application of acetic acid. The results showed that the LD50 of the extract was 684.6 mg.kg-1 for the intraperitoneal administration and higher than 10 mg.kg-1by the oral route. The administration of the AEP did not prevent ulcers formation. However, the AEP increased of the healing process of previously induced ulcers. The results suggest that AEP chronically administered promote an increase of tissue healing, after the damage induced by acetic acid and the extract seemed to be destituted of toxic effects in the mice by the oral route.

As plantas que compõem o gênero Pfaffia são utilizadas na medicina popular para tratar distúrbios gástricos. O presente estudo verificou os efeitos de um extrato bruto hidroalcoólico de Pfaffia sp sobre o trato gastrointestinal. Ratos Wistar fêmeas, foram pré-tratados por via oral (p.o.) com o extrato hidroalcoólico de Pfaffia sp (0,5; 1,0 e 2,0 g/kg) 1 hora antes da indução de úlceras com estresse por imobilização e frio, com etanol 70% ou indometacina. Animais controle receberam água (C) ou ranitidina (R: 60mg/kg) - p.o. O tratamento com o extrato protegeu a mucosa gástrica contra o aparecimento de úlceras induzidas por estresse e etanol, mas não foi capaz de proteger a mucosa contra úlceras induzidas por indometacina. Quando injetado pela via intraduodenal (na luz do duodeno - i.d.), o extrato hidroalcoólico de Pfaffia sp inibiu tanto a secreção ácida gástrica basal quanto a estimulada com histamina e betanecol (drogas agonistas), em ratas com ligadura de piloro. Os resultados obtidos neste trabalho indicam que esta planta apresenta ação protetora da mucosa gástrica, envolvendo a redução da secreção gástrica.

The plants that compound the Pfaffia genus are used in folk medicine to treat gastric disturbances. This study examined the effects of a crude hydroalcoholic extract of Pfaffia sp on the gastrointestinal tract. Female Wistar rats were pretreated orally (p.o.) with the hydroalcoholic extract of Pfaffia (0.5, 1 and 2 g.kg-1) before the induction of ulcer with hypothermic restraint stress (HRS), ethanol (ET) or indomethacin (IND). Control animals received water (C) or ranitidine (60mg/kg) p.o. The hydroalcoholic extract of Pfaffia (0.5, 1 and 2 mg.kg-1) protected rats against HRS and ET - induced ulcers, but was not able to protect the gastric mucosa against IND - induced ulcers. When injected into the duodenal lumen, the hydroalcoholic extract of Pfaffia inhibited basal and stimulated acid secretion in pylorus-ligated rats. These results indicate that this plant has a protective action against gastric lesions of the mucosa involving the reduction of gastric acid secretion.

Achillea millefolium L. (Compositeae) is used in folk medicine to treat gastric disturbances. Doses of 125, 1500 and 2000 mg/kg protected rats against ulcers induced by ethanol and restraint-in-cold-stress, but not against indomethacininduced ulcers. Injected into the duodenal lumen the extract inhibited the basal acid secretion. Data from studies indicate that the antiulcer activity of A. millefolium must been related to a inhibition of gastric secretion or to a increase of protective factors in gastric mucosa as mucus, bicarbonate and blood flow. In conclusion, this extract effectively protected the gastric mucosa and inhibited gastric acid secretion. Further studies should also be provided for the stimulation of receptors in the parietal cell to elucidate the route whereby the extract produce this action.